BRASÍLIA - A concessão à iniciativa privada de outros aeroportos está descartada, garantiu nesta quarta-feira (8) o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele negou que o governo pretenda privatizar os aeroportos internacionais do Rio de Janeiro (Galeão-Tom Jobim) e de Confins, em Minas Gerais. O ministro também assegurou que não está em estudo a transferência de aeroportos regionais para estados e municípios. "Vamos consolidar aquilo que está sendo feito", destacou.
Pelos critérios do Tesouro Nacional, os recursos obtidos nos leilões são registrados como receitas primárias e, em princípio, poderiam ser usados para abater os juros da dívida pública. Mesmo se a equipe econômica pretendesse reforçar o superávit primário, isso só poderia ser feito a partir de 2013 porque o próprio edital da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) estabelece que a primeira parcela do pagamento só será paga 12 meses depois da assinatura do contrato.
O ministro disse ainda que as empresas vencedoras serão avaliadas e que elas devem ter capacidade própria de investimento e gerenciamento dos aeroportos, apesar da ajuda do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O banco estatal de fomento vai financiar até 80% dos investimentos previstos para ampliação e modernização dos terminais. "A parte operacional é tão importante quanto a parte financeira e de sustentabilidade. A empresa tem de ter condição financeira para fazer investimento porque todos os aeroportos exigem investimentos. Ela tem de ter capacidade operacional para que nós tenhamos excelente serviço nos aeroportos brasileiros".
Sobre os cortes no Orçamento da União, o ministro disse apenas que o valor não está definido, mas que o contingenciamento (bloqueio de verbas) seguirá o modelo adotado em 2011. "O contingenciamento será da mesma forma do ano passado, com outros valores, mas será dentro dos moldes do ano passado. Haverá [superávit] primário cheio [sem recursos contábeis] e contingenciamento suficiente para gerar esse resultado".
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