quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Otimistas, parlamentares apostam que governo liberará emendas | Manchetes | Reuters

Otimistas, parlamentares apostam que governo liberará emendas | Manchetes | Reuters

Ricardo Stuckert/Presidência da República

Residencial Casas do Parque do Programa Minha Casa, Minha Vida em Campinas

O governo não cortou recursos do PAC ou do Minha Casa, Minha Vida



BRASÍLIA, 15 Fev (Reuters) - A base aliada do governo no Congresso reagiu ao anúncio de corte de 100 por cento do valor destinado a emendas parlamentares no Orçamento de 2012 com o otimismo de quem aposta que o governo acabará por "abrir a torneira" dos recursos ao longo do ano, a exemplo do que ocorreu em 2011.

Nesta quarta-feira, os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior, anunciaram um corte de 55 bilhões de reais no Orçamento, sob o argumento de que a economia é necessária para o país alcançar as metas de superávit primário e crescimento da economia. Foram congelados os 20,3 bilhões de reais previstos para as emendas.

O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), se mostrou pouco surpreso com o anúncio e lembrou que em 2011 as negociações com o Planalto permitiram a liberação paulatina de emendas.

"A relação agora (entre Câmara e Planalto) está melhor", disse ele.

Deputados da base ouvidos pela Reuters se mostraram surpresos com o fato de a redução nos valores deixados para emendas parlamentares ter sido ainda mais dura que a do ano passado.

Em 2011, foram mantidos inicialmente apenas 3 bilhões de reais dos 21 bilhões de reais em emendas previstas. Ao fim do ano, no entanto, o governo acabou liberando um volume maior de recursos para emendas.

Neste ano, não houve previsão sequer para emendas das áreas da saúde.

"Surpreendeu o corte na saúde, porque estava acordado com o relator do Orçamento (deputado Arlindo Chinaglia, PT-SP) que elas não seriam alvo do contingenciamento", disse o deputado Danilo Forte (PMDB-CE), que desde o ano passado funciona como porta-voz da ala descontente do partido na Câmara.

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