terça-feira, 17 de abril de 2012

Hillary: Dilma é exemplo de transparência e luta à corrupção


Dilma Rousseff e Hillary Clinton participam da 1ª Conferência de Parceria para um Governo Aberto. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
Dilma Rousseff e Hillary Clinton participam da 1ª Conferência de Parceria para um Governo Aberto
Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
DIOGO ALCÂNTARA
LUCIANA COBUCCI
Direto de Brasília
Durante discurso na abertura de um evento internacional em Brasília, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, elogiou a conduta brasileira e, em especial, a presidente Dilma Rousseff (PT), pelas medidas tomadas no País em prol da democracia, transparência de dados públicos e combate à corrupção. O Brasil é co-presidente da edição 2012 da Parceria para o Governo Aberto (OGP na sigla em inglês).
"Com a OGP agora temos uma chance de estabelecer um novo padrão para a governança mundial, e não tem parceiro melhor que o Brasil para isso. Em particular a presidente Dilma. Seu comprometimento com a transparência, a democracia e com a luta contra a corrupção estabelece um novo padrão mundial. Nós vamos fazer o que tiver ao nosso alcance para que o século XXI seja uma era de responsabilidades, luta contra a corrupção, democracia, liberdade e transparência", afirmou a americana.
A secretária de Estado disse, ainda, que a tecnologia pode ajudar o mundo na implantação de uma rede mundial de dados que contribua com a abertura de todos os governos. Segundo Hillary, a ampla divulgação de informações públicas ajuda a combater a corrupção, citada por ela como um dos piores obstáculos ao desenvolvimento das nações.
"Na era digital, temos ferramentas que outras nações sequer sonhavam. Já pudemos notar como a tecnologia transforma a diplomacia. A corrupção mata o potencial de um país, fecha portas para a consolidação do poder, e é tão velho quanto a natureza humana. As novas tecnologias não vão mudar a natureza humana, só nos podemos fazer isso", destacou.
Para Hillary, a abertura dos governos, de forma a tornar transparentes dados sobre a sociedade, economia e democracia dos países, é uma tendência mundial. A secretária de Estado acredita que a divisão entre as nações ao longo do próximo século não levará em consideração sua religião ou posição no globo, mas se seus governos são abertos e democráticos.
"Sociedades com economia e mercado aberto vão florescer rapidamente, são mais seguras, mais pacíficas. Em contrapartida, quem se esconde da visão pública e rejeita a ideia de abertura vão encontrar uma enorme dificuldade de manter a paz e a segurança. Esses governos terão cada vez mais dificuldades e vão descobrir rapidamente que serão deixados para trás num mundo globalizado", disse.
A secretária de Estado citou o exemplo da Líbia, cujo ex-ditador, Muammar Kadafi, foi derrubado e morto pelo regime interno que tinha o objetivo de estabelecer a democracia no país. Hillary também lembrou de exemplos como Chile, Estônia, Itália, Jordânia e Tanzânia que têm lançado sites na internet com informações sobre os países, como orçamento, dados sobre violência, entre outros. A americana, no entanto, não citou nenhuma iniciativa brasileira.

Hillary elogia Dilma no combate à corrupção

Secretária de Estado dos EUA participou da abertura da reunião sobre transparência de informações em Brasília
Dilma Roussef e Antonio Patriota receberam a secretária de Estado norte-americana em Brasília / Roberto Stuckert Filho / PresidênciaDilma Roussef e Antonio Patriota receberam a secretária de Estado norte-americana em BrasíliaRoberto Stuckert Filho / Presidência
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, defendeu nesta terça-feira que mais países façam parte da chamada Parceria para um Governo Aberto (Open Government Partnership), que tem o intuito de aumentar o combate à corrupção. Além disso, ela elogiou os esforços de Dilma Rousseff no combate a este tipo de crime no Brasil.

“Quero elogiar seu empenho e sua luta contra a corrupção, criando um padrão mundial. A corrupção mata e destrói o potencial dos países”, disse a secretária de Estado.
Para Hillary, várias medidas podem ser adotadas para ampliar os esforços de combate à corrupção e na busca por mais transparência. A secretária citou, por exemplo, a criação de legislações contra a corrupção, o fortalecimento da projeção da mídia e a criação de sites de redes sociais para que os cidadãos possam fazer seus relatos.

A norte-americana disse que as nações que não aderirem a esses esforços ficarão para trás, pois o mundo atual é o da globalização e integração. “Os governos que se escondem do público, que ignoram as aspirações dos povos, vão se tornar cada vez mais insustentáveis”, disse Hillary, no discurso de cerca de 15 minutos na abertura da 1ª Conferência Anual de Alto Nível da Parceria para um Governo Aberto. 

A reunião desta segunda é comandada pela presidente Dilma Rousseff e pela secretária de Estado norte-americana, além do presidente da Tanzânia, Jakaya Kikwete, e do primeiro-ministro da Geórgia, Nika Gilauri. Também estão presentes no evento representantes de 42 países. No total, 55 países integram o chamado Governo Aberto.

A secretária reiterou ainda que vários países adotaram medidas eficientes na tentativa de consolidar governos abertos. Além do Brasil e dos Estados Unidos, ela citou o Chile, Israel, a Romênia e a Espanha. Segundo ela, na Tanzânia, foi criado um site que expõe, publicamente, números e informações do governo para a população.

No caso dos Estados Unidos, Hillary disse que foram criados 26 projetos para melhorar a prestação de serviços públicos e a gestão de recursos. De acordo com a secretária, a intenção é ampliar esses sites: “Queremos levar mais transparência para a indústria petrolífera e gás.”

Ela também disse que está determinada a orientar as embaixadas dos Estados Unidos em todos os países a instaurar sistemas de acesso para que os cidadãos apresentem sugestões e façam suas manifestações. “Temos de transformar em ações as nossas aspirações”, ressaltou.

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