terça-feira, 25 de setembro de 2012

Governo de RO não repassa verbas para o Hospital do Câncer há 3 meses


Governo de RO não repassa verbas para o Hospital do Câncer há 3 meses

Manutenção deveria ser feita através de verbas do governo do estado.
Diretoria-geral diz que repasse nunca foi feito e atendimento pode diminuir.

Larissa MatarésioDo G1 RO
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Unidade deve atender demanda de Rondônia (Foto: Ésio Mendes-Decom/Divulgação)Verba para manutenção da unidade de Porto Velho
nunca foi repassada pela Sesau
(Foto: Ésio Mendes-Decom/Divulgação)
Prestes a completar três meses de funcionamento, no dia 10 de outubro, o Hospital do Câncer de Barretos, em sua unidade em Porto Velho, atende em torno de 800 pacientes por mês e tem um gasto que gira em torno de R$ 1,5 milhão mensais. Os custos de manutenção da unidade são de responsabilidade do governo do estado, através da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Entretanto, o diretor-geral do Hospital do Câncer de Barretos, Henrique Prata, alega que o repasse da verba nunca foi feito nestes três meses de funcionamento, e que o hospital está sendo mantido através de empréstimos bancários.
Preocupado com o atraso e como isso se reflete no tratamento dos pacientes, o diretor-geral explica que para manter o padrão talvez seja necesária uma diminuição no atendimento. "Atendemos uma demanda alta aqui, mas caso esta situação permaneça, não temos outra alternativa a não ser diminuir o número de pacientes atendidos até encontrarmos outra solução viável ou novas parcerias com a iniciativa privada", afirma. De acordo com Henrique Prata, foi dado o prazo de mais um mês para a Sesau repassar o dinheiro referente aos três meses de manutenção da unidade.
"Quando o Hospital do Câncer se propôs a abrir uma unidade em Rondônia, pensando nos quase 1,5 mil pacientes do estado em tratamento que se deslocam para Barretos (SP), ficou estabelecida uma parceria entre a Fundação Pio XII e o governo do estado para ajudar nos custos. Entretanto, o governo não tem honrado com o acordo, e nós estamos tendo que pedir empréstimos bancários, pagando juros de 2% ao mês para pagamento de salários, medicamentos e manutenção", alega o diretor-geral, Henrique Prata.
O plano de trabalho do hospital, que discrimina os custos com pagamentos de funcionários, médicos, tratamento e remédios está previsto em R$ 2 milhões. "Este plano de trabalho já estava aprovado desde junho de 2011 pelo governo estadual que se comprometeu em repassar R$ 1,4 milhão. Mas mesmo assim não recebemos nenhuma verba. Pensávamos que haveria um comprometimento maior do governo em um assunto tão importante, mas não é isso que encontramos", ressalta Henrique

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