quarta-feira, 16 de maio de 2012

Rio Negro registra maior cheia em 110 anos; 52 municípios estão em emergência


O Rio Negro registra a maior cheia dos últimos 110 anos. Segundo o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o nível do rio atingiu 29,78 metros, ultrapassando o recorde anterior, de 2009. As águas invadiram a orla de Manaus, atingindo cerca de 3 mil famílias. Vários lojistas perderam suas mercadorias. A bacia amazônica começou a ser monitorada em 1902. O Amazonas tem 52 municípios em situação de emergência e mais de 75 mil famílias foram afetadas.
Manaus é a área mais problemática, devido ao risco de transmissão de doenças pela poluição das águas. Dez mil pessoas moram às margens de igarapés na capital do Amazonas.
O fenômeno El Niña faz aumentar as chuvas na região Amazônica e provoca estiagem no Sul do país. Os ventos que sopram entre o Brasil e a Áfricam levam mais umidade para dentro do continente. Como a massa de ar úmido não consegue transpor a barreira de pedra da Cordilheira dos Andes, o volume de chuva sobre os rios cresce.
A "cota de emergência" do Rio Negro é de 29 metros. Além do nível do rio, o tempo de permanência da cheia, em que as águas permanecem altas, também preocupa os especialistas. Em 2009, o rio ficou 76 dias acima da cota de 29 metros, causando enorme transtorno para a população ribeirinha. Quando a cheia não é grande, as casas ficam alagadas por 15 a 20 dias.
Ao contrário dos rios do Sudeste, que sobem e baixam rapidamente, os do Amazonas sobem lentamente e escoam no mesmo ritmo.
O Globo 

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