sábado, 2 de junho de 2012

PT lança Haddad em megaevento com ataques a Serra


Lula participou do evento e classificou o tucano de candidato "desgastado". Para Haddad, "São Paulo cansou de prefeitos de meio expediente"

O PT lançou a candidatura de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo com um megaevento neste sábado em São Paulo. Embora não tenha sido citado nominalmente, o ex-governador José Serra (PSDB) foi alvo de ataques de Haddad e seu padrinho político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chamou o tucano de candidato “desgastado”. A declaração faz parte da estratégia de vender Haddad como o “novo” em contraposição ao veterano Serra.
Foto: AEFernando Haddad e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o 18º Encontro Municipal do Partido dos Trabalhadores
“Tem um candidato que já está desgastado. Nem sei porque ele quer ser candidato. Utilizou a cidade apenas como trampolim para ser governador. Achou que o governo era pouco, não completou o mandato e tomou uma tunda da companheira Dilma. E está desesperado porque o governador é o maior adversário dele aqui em São Paulo”, disse Lula.
O ex-presidente fez um histórico das vitórias e derrotas do PT na cidade para concluir que o partido não consegue ultrapassar o teto de 35% do eleitorado paulistano. Por isso, segundo Lula, o PT só terá chance de vitória com um nome novo, que consiga dialogar com outros setores.
“O objetivo é falar com os 15% ou 20% que não querem falar com o PT. Na minha opinião não são eleitores de esquerda. Não sei se são de direita. Então você tem a tarefa, Haddad, de juntar os diferentes”, afirmou Lula.
Além do ex-presidente, diversas lideranças petistas como o ex-ministro José Dirceu e quatro ministros (que supriram a ausência de Dilma) participaram do evento.
Sob o comando do publicitário João Santana, foram montados dois telões com mais de 50 metros em cada lado do palanque. Atrás da mesa de autoridades, um display luminoso mostrava a logomarca da campanha, a letra “H” com uma estrela vermelha.
Várias fotos e mensagens traziam símbolos de modernidade como a “#” usada no microblog Twitter. Com um tom emocional, o evento começou com o depoimento de Janaína Cristina, uma jovem ex-sem-teto bolsista do Pro-Uni prestes a se formar em pedagogia “graças ao Lula e ao Haddad”. O jingle, em ritmo de rap, tem como refrão: “Haddad, um nome novo para esta cidade”.
Uma equipe de fotógrafos contratados por R$ 1 mil a jornada de três horas (cinco vezes a média do mercado) fotografava os participantes e mostrava as fotos nos telões em tempo real.
Além do auditório principal, outros três salões foram ocupados pelos militantes que não conseguiram entrar mas acompanharam o evento por telões.
que iria mas não apareceu nem deu explicações.
O discurso de Haddad, repleto de frases de efeito “São Paulo quer ser a cidade que não pode parar e não a cidade que não pode se locomover”, foi pautado em três eixos: vinculação com Lula e Dilma, críticas à gestão Kassab e críticas indiretas a Serra.
Lula foi citado nove vezes. Dilma, seis. “Nós, paulistanos, sentimos dentro de casa os efeitos de uma forma humana e competente de governar, impulsionada pelas políticas de Lula e Dilma. E sentimos na rua, no corpo de nossa cidade, os efeitos de uma forma incompetente e insensível de gerir os problemas urbanos”, discursou.


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