domingo, 25 de dezembro de 2011

A nova dama de ferro - cultura - versaoimpressa - Estadão

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A nova dama de ferro

Meryl Streep diz que não tinha como recusar o seu papel em The Iron Lady

Donna Freydkin - O Estado de S.Paulo Um celular toca na suíte do hotel Waldorf Astoria. Meryl Streep larga a xícara de café e vasculha o interior da enorme bolsa. Verifica a tela de seu telefone e sorri. "Um agente! Talvez eu tenha arranjado um trabalho."
Foram tantos os superlativos acumulados sobre Streep, de 62 anos, que ficou difícil separar a lenda viva da mulher de carne e osso com os cabelos levemente desarrumados batalhando por um pouco de cafeína. Há uma centelha, um senso de humor bem particular. Ela veste o manto de uma das maiores atrizes vivas com leveza, desculpando-se quando seu vestido se desarruma e deixa à mostra um pedacinho da pele. "Tudo passa tão rápido", diz, e ressalta que não há por aí muita abundância de papéis suculentos, nem mesmo para ela.
"Não há muitos filmes escritos que eu poderia fazer. Às vezes, eles pegam um papel de vilão e o transformam numa mulher." Mas, muito de vez em quando, surge um papel tão delicioso, tão revelador que se torna irresistível. Foi esse o caso de The Iron Lady, que traz Streep no papel de Margaret Thatcher, a controversa primeira-ministra britânica que serviu de 1979 a 1990. O filme terá um lançamento limitado no dia 30 nos EUA e amplo a partir de 13 de janeiro.
Thatcher, uma advogada e primeira mulher a chegar à liderança de um grande partido político britânico, capitaneou a desregulação financeira, a reforma dos sindicatos e a privatização de empresas estatais. O papel rendeu a Streep indicações para o Globo de Ouro e o Screen Actors Guild e faz dela uma barbada para o Oscar. Quando Phyllida Lloyd, que havia dirigido Streep no extravagante musical Mamma Mia!, enviou-lhe esse script, "estava fora de questão dizer não".

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