quinta-feira, 1 de março de 2012

As camadas mais antigas de gelo do Ártico estão derretendo

As camadas mais antigas de gelo do Ártico estão derretendo

As camadas mais antigas de gelo do Ártico estão derretendo

Camada de gelo antigo do Ártico, em 1980. Foto: Nasa
Camada de gelo antigo do Ártico, em 2012. Foto: Nasa
Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (1º) pela Nasa mostra que o problema do Ártico é mais complicado do que se imaginava. Não apenas o gelo está derretendo mais rápido, e os invernos estão durando menos, como é a camada de gelo mais antiga está derretendo.
Nas imagens acima, a Nasa compara duas fotos do Ártico, uma do início de 1980 e a outra de 2012. A parte mais brilhante da imagem representa as camadas de gelo que foram formadas ao longo dos anos, enquanto o gelo anual aparece em branco, sem brilho. A comparação mostra que a camada de gelo antigo que cobria a maior parte do mar Ártico, se estendendo da Groenlândia até a Rússia, está consideravelmente menor.
Segundo o cientista da Nasa Joey Comiso, a camada mais grossa e antiga de gelo do mar Ártico está desaparecendo em um ritmo mais rápido do que as camadas mais finas e recentes de gelo. O problema é que são justamente essas camadas mais antigas que resistem às temperaturas do verão. Sem elas, fica ainda mais difícil impedir o degelo no Ártico, e alguns pesquisadores já falam que o Polo Norte pode ficar completamente sem gelo em 2019.
O pesquisador não é otimista. “A cobertura de gelo do Ártico está ficando mais fina”, diz Comiso. “E, ao mesmo tempo, a temperatura está subindo. Seria preciso uma mágica para impedir a tendência de derretimento”, diz. O degelo do Ártico não eleva o nível dos mares, mas pode alterar correntes marítimas e provocar alterações climáticas no hemisfério Norte.
(Bruno Calixto)

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