Política
Informação foi dada pelo senador Randolfe Rodrigues, integrante da CPI. Delegado responsável pela Operação Monte Carlo presta depoimento.
Informação foi dada pelo senador Randolfe Rodrigues, integrante da CPI. Delegado responsável pela Operação Monte Carlo presta depoimento.
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O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) afirmou nesta quinta-feira (10) que o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, recebia 30% do faturamento mensal da quadrilha de jogo ilegal investigada pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.
De acordo com Randolfe, a informação foi dada pelo delegado da PF Matheus Mella Rodrigues, responsável pela operação.O delegado presta depoimento nesta quinta à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito criada para investigar o elo de Cachoeira com políticos e empresários.
"O Carlos Cachoeira ganhava 30% do faturamento de R$ 1 milhão a cada 30 máquinas caça-níqueis [por mês]", disse o senador.
Segundo Randolfe, 30 máquinas caça-níqueis rendiam à quadrilha, em média, R$ 1 milhão ao mês. Com este faturamento, cerca de R$ 300 mil reais eram repassados diretamente a Cachoeira.
De acordo com o senador, o delegado afirmou que mais de 25 malotes com materiais que foram apreendidos nas casas dos investigados ainda não foram analisados pela Polícia Federal. A operação Monte Carlo segue em curso.
GovernadorAinda segundo Randolfe Rodrigues, o delegado Matheus Mella Rodrigues afirmou que o governador de Goiás, Marconi Perillo, é citado mais de 200 vezes durante a operação.
"Há pelo menos dois contatos [do Perillo] com o Cachoeira [...] Parabéns pelo aniversário, dois encontros, um jantar na casa do Demóstenes", disse o senador.
Perillo já havia admitido que conhecia Carlinhos Cachoeira, mas negou que tivesse relações com o grupo do bicheiro. As declarações foram dadas pelo governador quando vieram a público as denúncias de que ele aparecia em conversas com Cachoeira.
Em nota enviada à coluna de Merval Pereira, de "O Globo", na tarde desta quinta, a assessoria do governador afirmou que transcrições das gravações da Operação Monte Carlo foram usadas para "alimentar ilações grotescas, ilusórias e delirantes" sobre a influência no governo de Goiás do grupo de Cachoeira.
Lavagem de dinheiro
O delegado Matheus Mella é o segundo a prestar depoimento na CPMI. De acordo com o que relatou mais cedo o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), o delegado seguiu um roteiro, mas não leu o depoimento. Segundo parlamentares que integram a comissão, ele disse que a Operação Monte Carlo ainda está em curso e realizou 250 mil horas de gravações telefônicas.
O delegado Matheus Mella é o segundo a prestar depoimento na CPMI. De acordo com o que relatou mais cedo o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), o delegado seguiu um roteiro, mas não leu o depoimento. Segundo parlamentares que integram a comissão, ele disse que a Operação Monte Carlo ainda está em curso e realizou 250 mil horas de gravações telefônicas.
Segundo Teixeira, o delegado afirmou que a quadrilha de jogo ilegal comandada pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira mantinha empresas no exterior para lavar o dinheiro do esquema. O deputado afirma ele que o delegado citou uma empresa sediada no exterior e um bingo com endereço em uma das ilhas britânicas, a ilha de Curaçao, perto da costa venezuelana.
Teixeira relatou que, segundo o delegado, as empresas estavam em nome de laranjas. "Ele falou das empresas que atuam e atuavam como fachada para limpar esse dinheiro. Falou do nome das empresas, quem operava essas empresas, que eram todas operadas por laranjas, com procuradores que podiam movimentar essas contas", disse o deputado.
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